segunda-feira, 21 de março de 2011

Nota ao Universo.

Ignóbvios leitores do infinito:

Escrevendo de tempos em tempos, ao vácuo, geralmente
em tempos ruins, em que palavras conexas e lógicas não
são o suficiente, pareço mais depressivo que o "normal".
Para além do sentido de serem escritos, pega mal.

É um pensamento recorrente...
Prometo a mim mesmo, declarado nesta nota, que farei
mais esforços para escrever em tempo de vacas gordas,
quem sabe com 'documentos' eu não entenda um pouco
da lógica destes periodos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

"Não haverá piedade."

Não há motivo para riso
Não há motivo para euforia
Não há motivo para calma
Não há motivo para amar
Não há motivo para beleza
Não há motivo para paz
Não há motivo para escolher
Não há motivo para ser
Não há motivo para continuar

Longe dos olhos do mundo, entre quatro paredes,
o mundo desaba e o menino chora, chora de ódio,
de revolta com o próprio sentimento, sentimento
puro e inválido demonstrado e incompreendido entre
frases e versos. E o menino chora. Vai-se a violenta
convicção do titã. E o menino chora. As lágrimas correm,
é neste rio que se dilui a fortaleza da luz dos dia comuns.
Entre quatro paredes a rede parece mais funda,
a luz parece mais fraca, o tempo mais frio,
a música mais lenta. O silencio prevalece e o menino chora.

Nestes pedidos de socorro o que mais pode aparentar?
Nada além do tédio, do exagero, do que só se justifica
entre quatro paredes, em silencio.
Esse silencio... esse silencio gritado, em desespero..
Esse grito furioso, de menino carente, de menino
(justamente) sem educação. Ora, quem poderia orientá-lo?!
De tanto ser decapitado, cansou. Cansou de tudo...
Sem forças para explicações inúteis.. cansou.
Suplica violentamente pelo carinho do ombro inimigo..
Abre o peito cheio de calos às flechas do espelho.
Um coração coagulado é que vão encontrar.
Não haverá outra beleza senão a imaginada, a construída.
O que tenho feito nos últimos dias é tentar dizer o que sinto
de verdade, o que desejo de verdade. O que sou e possuo.
Pessoas felizes não suportam minha verdade. Nem eu.
A armadura caiu, o menino viu a cor da pele, chorou.
Cansado do fardo silente, não vê mais motivo...
Não há motivo para ser. Não há motivo para tanto.






sexta-feira, 4 de março de 2011

Que pelo menos eu consiga ver um pouco de arte nessa merda.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Belezas - Flores - Sepulturas

Como no conto de Gibran, beleza, somente a das fadas.
A beleza que exalto em cada verso só se vale da ideia,
do pensamento, do vislumbre.
De pouco importa o verbo empáfio das hienas capengas.
Julgam ridículas as elegias minhas. Caiam-se os cabelos!

Violencia maior contra mim próprio seria tentar levar à realidade
tanta beleza, criatividade e perfeição. É o justo erro dos replicantes.
Disto me valho nas searas todas. Rio-me dos hipócritas sem destino
que insistem em difamar meus brados e sonhos.
É sabido por mim, e isto basta, que não passam disto: ideias.

São mais, são a blindagem que não me deixa cair na decadência da
vida comum. São o fôlego que me refaz, é o impulso de cada manhã.
Calem! Calem estes corpos hipócritas!
Corpos imundos, plásticos, conformados, fúteis e frágeis! Calem!

Vosso empirismo frenético, permeado de histórias mirabolantes,
extravagantes, inéditas e lindas. Vantagem a contar? Estou surdo?
O que ouço é desespero, em ultimo grau de destruição, automático,
desenfreado e devastador, e pior, espontâneo, como uma segunda
natureza travestida na audácia de cada ato.

Parem, pensem, não se enganem, não haverá mesmo de se emocionar.
Não se iludam...
Que verdade ou virtude sobrevive a tanto furor sem Norte?
Morte!

" Pode a bíblia ser um dicionário
Pode tudo ser uma refazenda
Mas a mente talvez não me atenda
Se eu quiser novamente retornar
Para o mundo de leis me obrigar
A lutar pelo erro do engano
Eu prefiro um galope soberano
À loucura do mundo me entregar... "

Continuarão por gerações a zombar de mim, assim como dos meus,
a elevação da mente, da moral como couto maior; não importa.
Felizes caminharemos entre nuvens, abraçados, reluzentes
cantando versos desconhecidos, poderosos,devastadores.
E nosso ofício inescapável, o mais virtuoso: Coveiros da mente.