quinta-feira, 3 de março de 2011

Belezas - Flores - Sepulturas

Como no conto de Gibran, beleza, somente a das fadas.
A beleza que exalto em cada verso só se vale da ideia,
do pensamento, do vislumbre.
De pouco importa o verbo empáfio das hienas capengas.
Julgam ridículas as elegias minhas. Caiam-se os cabelos!

Violencia maior contra mim próprio seria tentar levar à realidade
tanta beleza, criatividade e perfeição. É o justo erro dos replicantes.
Disto me valho nas searas todas. Rio-me dos hipócritas sem destino
que insistem em difamar meus brados e sonhos.
É sabido por mim, e isto basta, que não passam disto: ideias.

São mais, são a blindagem que não me deixa cair na decadência da
vida comum. São o fôlego que me refaz, é o impulso de cada manhã.
Calem! Calem estes corpos hipócritas!
Corpos imundos, plásticos, conformados, fúteis e frágeis! Calem!

Vosso empirismo frenético, permeado de histórias mirabolantes,
extravagantes, inéditas e lindas. Vantagem a contar? Estou surdo?
O que ouço é desespero, em ultimo grau de destruição, automático,
desenfreado e devastador, e pior, espontâneo, como uma segunda
natureza travestida na audácia de cada ato.

Parem, pensem, não se enganem, não haverá mesmo de se emocionar.
Não se iludam...
Que verdade ou virtude sobrevive a tanto furor sem Norte?
Morte!

" Pode a bíblia ser um dicionário
Pode tudo ser uma refazenda
Mas a mente talvez não me atenda
Se eu quiser novamente retornar
Para o mundo de leis me obrigar
A lutar pelo erro do engano
Eu prefiro um galope soberano
À loucura do mundo me entregar... "

Continuarão por gerações a zombar de mim, assim como dos meus,
a elevação da mente, da moral como couto maior; não importa.
Felizes caminharemos entre nuvens, abraçados, reluzentes
cantando versos desconhecidos, poderosos,devastadores.
E nosso ofício inescapável, o mais virtuoso: Coveiros da mente.

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