Os grandes homens sintetizavam seus infindos estudos e reflexões
em pequenas frases ou expressões para torná-las
mais abrangentes e abstratas.
'Penso, logo existo', 'Só sei que nada sei' e outras tantas...
Hoje, Narcisóides escrevem pequenas frases (geralmente plágio e sem
a menor percepção do que elas revelam) para esconder não apenas
sentimentos fúteis, déficit abstrativo, falta de senso crítico,
plastificação do pensamento, alienação generalizada e absoluta,
mas também a covardia de externá-los.
Os mais velhos com mais propriedade poderiam confirmar, mas acho que
as coisas nunca estiveram tão ruins, o entorno em geral; produção cultural,
interação social, vinculação afetiva(de um modo geral), nada, nada, nada,
repito: nunca esteve tão ruim!
Nos lugares por onde ando, nas conversas que divido ou presencio,
nos debates na mídia ou nos bares... Cadê a vida, o sangue, a alma?!
É tudo muito plástico, objetivamente superficial,
materialmente cartesiano, caralho!!
Como diria Viviane Mosé:
"As pessoas estão mais preocupadas em mostrar que estão se
divertindo, tendo prazer e sendo felizes do que realmente procurando
sua diversão, atividades que lhes confiram prazer ou em compreender
o que lhes traz felicidade. Por isso, por exemplo, essa necessidade de
sempre carregar máquinas digitais ou filmadoras para registrar todos os
'momentos de prazer', como se os fossem congelar, armazenar e reviver.
Depois contam vantagem: 'Estão vendo como eu fui feliz?!', 'Estão vendo
como esse dia foi agradável?!', 'Estão vendo como minha vida é boa?!'. "
Pequenos ditos sintetizaram grandes idéias, eternizaram homens.
Inúmeras fotos e textos plagiados evidenciam escatófila mediocridade,
depõem contra a criatividade humana e afrontam a virtude que não morre.
Essa beleza perpétua se afasta cada vez mais de nós!
Se esconde na arte e nas mínimas demonstrações/percepções.
Ela nunca morre mas se afasta cada vez mais de nós!
' ( 28.06.11 )
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