domingo, 6 de janeiro de 2013

Garimpando vida


Bichos que mordem. Cheiro de vida.
Espinhos, rosas, mulheres, abismos...
Intensidade encapsulada de violencia,
deusas temerosas. Potes de ouro. 
Rala e espinhosa aos olhos rasos. 
Velocidade que não vê... Não quer.  

Entre mágoas escondida, beleza viva, 
machucada, sem limite, sem coisa nenhuma, 
não quer ser coisa alguma, não quer ser coisa. 
Se não quer, não deixa, não vai.

Quando menina, às lágrimas de sangue, 
lapidada no facão abjeto da vivência. 
Lançada no caos da vida, lâmina velada, folha 
branca anavalhada, pedra bruta pelos ares, 
queda livre, no infinito fugitiva; quando bate, 
explode, se não mata cega sem perdão.. 

À espera de um carinho sem por quê.. 
Só então, sob o mesmo golpe de sorte:
de pedra violenta a opala reluzente, híbrida, 
psicodélica, generosa, orgástica, mãe de todas 
as cores redundantes.. Sangue no olho!   
Impuro estado místico de potencia! 
Vermelho e Branco. Vermelho e Azul.

Vida digna, merecida, conquistada.
Poema sem fim! Ai de quem duvidar! 

Morrendo está quem perde o medo.
"Quem viver chorará!"

Vina.
19.12.12








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